Mostra sobre Darwin que custou meio milhão continua em caixotes

Em 2009, ano em que se comemorava o bicentenário do nascimento de Darwin e os 150 anos da edição do livro A origem das espécies, o Museu Gulbenkian apresentou a exposição A evolução de Darwin. Uma exposição notável, quer pelos objetos expostos, quer pelo discurso, quer pelos dispositivos museográficos e tecnológicos.
Uma exposição que permitia várias leituras paralelas e complementares da história da ciência à história da museologia da ciência, passando pela vida e cultura da sociedade Oitocentista.

A Câmara de Oeiras comprou o espólio da exposição por meio milhão de euros com o objetivo de o integrar num futuro Museu da Ciência a ser criado no concelho.
A jornalista Marisa Soares, em reportagem no Público (2014, 21 fev.) dá conta do destino desse espólio, encaixotado desde agosto de 2011, num armazém degradado da Fundição de Oeiras.
O relato que traça dos caixotes de papelão sobre o chão de cimento molhado, das infiltrações, dos pássaros que eram pelas vidraças partidas, dos sinais de arrombamento… tudo isso é semelhante, ou igual, a tantos relatos que continuam a ouvir-se acerca da degradação a que o nosso património está sujeito. De alguma forma, esta notícia faz-nos lembrar alguns dos relatos acerca da arrecadação dos bens dos conventos extintos no Convento de S. Francisco (há quase 200 anos…).

Fonte:
Soares, M.(2014, 21 fev.). Mostra sobre Darwin que custou meio milhão continua em caixotes. Público.
http://www.publico.pt/local/noticia/material-da-mostra-sobre-darwin-que-custou-meio-milhao-a-camara-continua-em-caixotes-1624524

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